O Caminho Bio da Quinta dos Murças

48 HA VINHA BIOLÓGICA
19 HA OLIVAL BIOLÓGICO

Situada no Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta dos Murças foi criada em 1714. A propriedade estende-se ao longo de 3,2km de margem de rio, com uma exposição maioritariamente a sul, ocupando uma área total de 155ha, 48ha dos quais ocupados com vinha. Foi neste extenso terreno que, em 1947, foi plantada a primeira vinha vertical do Douro. Além das áreas de cultivo de vinha, olival, laranjal e amendoal, a quinta alberga uma larga mancha de mata mediterrânica que promove a biodiversidade existente, reforçando o equilíbrio do ecossistema. A Quinta dos Murças é um lugar único, caracterizado pela diversidade dos oito terroirs marcados por diferentes altitudes, exposições solares, diferentes solos xistosos e vinhas maioritariamente plantadas ao alto. A combinação do clima extremo, característico do vale do Douro, com o modo de produção biológico e uma agricultura de máxima precisão, dão origem a vinhos de terroir concentrados, elegantes e de grande frescura.

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS QUINTA DOS MURÇAS

Parte da vinha foi reestruturada e convertida para modo de produção biológico em 2011, caminho reforçado em 2016 quando se retomou o trabalho de conversão total da vinha. Foram introduzidas novas tecnologias na adega e recuperados meios de vinificação mais tradicionais e menos interventivos. Em 2020, e depois de certificar a totalidade da sua área em produção biológica, o trabalho foi reconhecido com a atribuição do Prémio Vintage IVDP Ambiente e Sustentabilidade 2020, pelo IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.

ENRELVAMENTO

Promoção de enrelvamento promovendo a fixação de nutrientes, minimizando o aparecimento de plantas que não contribuem para a fertilidade dos solos.

TÉCNICAS DE CONTROLO DE PRAGAS

De forma a potenciar o aumento das espécies auxiliares, proporcionando um maior controlo sobre as pragas e promovendo o equilíbrio futuro, implementaram-se sebes de fixação de auxiliares ao longo da vinha. Foi feito um levantamento das pragas existentes (Aranhiço Amarelo, Cigarrinha Verde, Traça da Uva, Cochonilha Algodão) e dos seus principais predadores (auxiliares). Foram plantadas linhas no interior da vinha com as seguintes espécies: Roseira brava, Madressilva, Amora de Silvas, Abrunheiro Bravo, Folhado, Romãzeira, Loureiro, Sanguinho das Sebes e Sabugueiro.

CASTAS AUTÓCTONES

Opção por castas autóctones que melhor se adaptam ao clima da quinta e têm mais resistência a pragas, doenças e fatores de stress.

CORREDORES ECOLÓGICOS

Promoção do crescimento de corredores ecológicos e de matas próximas da vinha. Os corredores ecológicos são criados entre parcelas que fazem ligação à mata, para que os inimigos das pragas e doenças tenham fácil deslocação. Existe uma fomentação da variabilidade animal e vegetal dos ecossistemas, assim como a promoção de um abrigo para biodiversidade e crescimento destas espécies, através da plantação alternada de talude (muros de suporte da terra).

DIMINUIÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA

Através do armazenamento da água utilizada nos últimos enxaguamentos, promove-se a reutilização no primeiro enxaguamento, para remoção de matérias mais sólidas e cor. Estima-se que esta prática permita uma redução de 30% do consumo de água.

PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO DE ESPÉCIES LOCAIS NA MATA

Promoção do crescimento das espécies locais através de mini projetos florestais.

Em parceria com a ADVID, o Centro de Ecologia Funcional CEF da Universidade de Coimbra, a Sociedade Portuguesa e Botânica, o CIBIO-InBio, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a NBI, foi iniciado o projeto PGBE-QM Plano de Gestão de Biodiversidade e Ecossistemas da Quinta dos Murças. O foco do estudo assentou na avaliação de vários grupos indicadores de biodiversidade, estado ecológico das vinhas e sua área envolvente. Desta forma houve uma maior compreensão sobre o impacto das boas práticas de gestão agroecológica na biodiversidade da fauna e flora, e na dinâmica das interações entre potenciais pragas e fauna auxiliar.

UTILIZAÇÃO DE SUBPRODUTOS

Diariamente são gerados subprodutos na quinta como o engaço para a produção de mulching, ou composto para a fertilização das terras, de forma a criar um solo mais rico.

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